domingo, 15 de agosto de 2010

{ }

É, outro sonho que ficou no passado.
Mais rostos que fazem crescer a solidão.
Um vago nada, em algum lugar aqui dentro.
Uma máquina pulsante, automática,
Livre de estar livre, material. Orgânica.
O sorriso de máscara, a voz que abafa o choro.
Os pés que não param de não sair do lugar.
Aquela luz sempre amarrada no fim do túnel infinito,
Ser incapaz de alcançá-la, por ser nada.
Gritar, inaudível, nada adianta, ser efêmero.
Pulsa o Sol, só. Luz da mente, ignóbil. Sem sentido.
A máquina...
O peito...
O silêncio, no escuro.
Indiferente.

-Dann'Rude